INTELIGÊNCIA OU LIBERDADE EMOCIONAL?
Olá pessoal. Sejam sempre muito benvindos aos nossos artigos.
Desejo ótimos dias para todo mundo.
Vivemos num mundo mental e também emocional. Mental porque tudo com o que nos relacionamos passa pelo cérebro e por nossa mente, que é uma das atribuições do cérebro.
É ali que fica a nossa razão, função que nos diferencia dos outros seres não humanos.
É tão importante isso que hoje se explica que nossa visão de mundo não é homogênea, não é igual para todas as pessoas, porque o cérebro e a mente de cada um constroem o “seu próprio mundo”. Isto é, para cada um, se lhe for perguntado a respeito, a resposta vai ser diferente da resposta dos outros.
Mas a nossa relação com o mundo, com a vida e com as coisas e pessoas não é definida apenas pelo nosso lado racional.
Certamente todos já perceberam que temos emoções e sentimentos, muitas vezes inexplicáveis, ou inexplicados pela razão. Pelo menos a curto prazo.
É fato que temos reações que se tornam comportamentos externos e internos. Externos os que se manifestam nas nossas ações com o mundo exterior ao nosso corpo. Internos, quando se manifestam no nosso próprio corpo, nos órgãos internos, de maneiras e intensidades importantes.
Muita gente que conhecemos falam que gostariam de controlar suas emoções, no sentido de só ficarem com as positivas e eliminarem as negativas. Simplesmente é impossível deixar de sentir, por exemplo medo, raiva ou tristeza. O cérebro não permite, até porque é construído, portanto programado para responder de forma automática. Os estímulos externos (ações de fora do corpo) e internos (como pensamentos) dão origem às emoções e temos que entendê-las para daí saber com lidar com elas.
Quando alguém nos insulta, ou nos desrespeita, por exemplo, no trânsito, antes mesmo de começar a pensar sobre o ocorrido podemos sentir raiva, tristeza ou medo. Algum tempo depois, que pode ser de segundos, ou muito tempo mais, seremos capazes de metabolizar e lidar de maneira adequada àquela situação.
Claro que cada um terá seu jeito de reagir. E será importante um certo treino, experiência e entendimento de uma série de fatores, como ter passado por situações semelhantes, conhecimento do que são emoções e, particularmente, de como são as nossas emoções e como elas agem em nós.
O que deve nos animar, e dar esperanças, é que não precisamos ser reféns das emoções. Vai caber a nós aprendermos maneiras de melhor lidar com elas para que não durem muito tempo, ou que as suavizemos mais rapidamente, ou para que não nos prejudiquem nem aos outros.
Cada pessoa pode controlar a VIDA EMOCIONAL, mesmo não sendo possível controlar para ter ou não ter uma determinada emoção.
Posso sentir medo, mas não ficar prisioneiro do medo.
É normal sentir raiva, mas não é preciso, nem benéfico, viver raivoso, principalmente quando o fato gerador já terminou.
Agora, a grande questão é:
“Como, então, aprender a ter esse controle sobre a vida emocional e assim sentir-se livre?”
Bem, o aprendizado e o treinamento se farão a partir de uma decisão com vontade, definição de algumas etapas necessárias, empenho e persistência. E autoconfiança, claro. Saiba que é capaz de melhorar muito a forma como lidar com as emoções à medida em que aparecem.
Nesse momento quero introduzir o primeiro e mais importante passo.
Costumo dizer que só podemos dominar alguma coisa, dentro ou fora de nós, se a conhecermos bem. Não é possível controlar algo que não se sabe do que se trata.
Se não conheço a mim mesmo como vou dominar a minha própria vida? Claro que, se assim for, estarei nas mãos dos outros. E quem quer isso?
Então vamos ao primeiro passo:
– Inicie se preparando mental e fisicamente à pense que é importante para você conhecer sobre quais emoções afetam sua vida e qual a dimensão disso;
A forma mais importante, além pensar a respeito, é escrever, de preferência à mão (o cérebro entende muitíssimo melhor desse modo).
Então providencie papel e caneta.
– Fique atento quando uma emoção aparece. Anote a emoção. Aí pergunte: “O que aconteceu antes dela aparecer? Onde eu estava, fazendo o quê? Como estava me sentindo? O que senti depois daquele fato?”
– Em seguida observe atentamente, porém sem se pressionar, as possíveis consequências internas, orgânicas, os pensamentos, lembranças, fantasias e os sentimentos produzidos a partir dessas emoções.
Pode ser: coração disparado, respiração ofegante, frio no abdômen, boca seca, transpiração em partes do corpo, náusea, tontura, pensamento acelerado, ou paralisado, etc.
É muito interessante e super importante identificar e distinguir o que você pode controlar e o que não pode.
Em meu consultório já perdi a conta de quantas pessoas sofrem por aquilo que não controlam. Quando faço perguntas a respeito é impressionante a tentativa de dominar as coisas sobre as quais não haverá possibilidade de controlar.
Então, um grande passo no autoconhecimento e para grande redução do estresse é identificar sobre o que você realmente pode ter controle e o que não pode.
Decida se ocupar do que controla e ainda pode ajudar as outras pessoas a realizar o cabe a elas. Se quiser e puder.
Talvez esse seja meu melhor conselho para as pessoas.
Em resumo:
Ocupe-se com inteligência e determinação daquilo que lhe cabe. E colabore quando lhe pedirem ajuda.”
Conhecemos muita gente inteligente. Mas às vezes algumas dessas pessoas parecem perder a compostura por algum descontrole emocional. Há, por exemplo, profissionais que têm um currículo invejável, uma formação louvável, mas que quando trabalham, ou vivem em grupos têm dificuldade no relacionamento social e no ambiente de trabalho por que não tem a vida emocional equilibrada.
De uns anos para cá ouvimos falar da Inteligência Emocional e Competência Emocional.
Aristóteles, um dos mais importantes filósofos da antiga Grécia, já falava desse conceito enfatizando o uso da razão para conduzir a vida. Em um outro momento podemos falar dos grandes e valiosos ensinamentos desse filósofo, que são presentes e utilizados nos dias atuais, mesmo quando não temos consciência disso.
Competência Emocional é um conceito relacionado à capacidade que uma pessoa tem de expressar suas próprias emoções com total liberdade. Isso é bom porque muitas vezes é preciso que os outros saibam, ou reconheçam o que estamos sentindo. Não são obrigados a adivinhar. Mas nem sempre pode ser usado sem critérios. Porque, algumas vezes pode ser inadequado, injusto (se jogar sobre os outros aquilo de que não são culpados), ou fora de hora.
Liberdade Emocional resulta de um aprendizado constante de permanecer centrado, equilibrado diante de situações estressantes, ou conflitantes. Comumente chega quando a pessoa desenvolve a habilidade de ressignificar suas dores mais profundas.
Inteligência é a capacidade de assimilar conhecimentos e aplicá-los para resolver inúmeras questões da vida.
A Inteligência Emocional está relacionada com as aptidões e habilidades que alguém tem para administrar melhor suas emoções e sentimentos, principalmente quando convive com outras pessoas.
Uma pessoa com Inteligência Emocional deverá saber, não só identificar suas emoções, mas também agir, se comportar bem emocionalmente enquanto um ser coletivo. Ou seja, que sua atuação em qualquer relação, com uma outra pessoa, ou em grupo, de modo construtivo e colaborativo para o crescimento das pessoas.
Toda vez que se internaliza tentando suprimir as emoções os riscos são grandes de caminhar para uma degradação da saúde mental e física. Uma das possibilidades é levar à DEPRESSÃO e ao ESTRESSE.
Anexo (Baixe o arquivo abaixo)
Diario Emoções (pdf)
DIÁRIO EMOCIONAL (exemplo)
DATA/ HORA | Fato | Emoção/ Sentimento | Sintoma Orgânico ou Mental |
10/01/23
06:00 |
Acordei com um pesadelo | Assustado, Atordoado, Perdido | Taquicardia, Calafrio e Falta de Ar. Demorei 10 minutos até voltar ao normal. |
10/01/23
13:00 |
Após o almoço e voltando ao trabalho | Preguiça, sono, Indisposição | Cansaço e um pouco de estresse. |
10/01/23
18:00 |
Cheguei em casa. Deu tudo certo no trabalho, janta já está pronta e o tempo está bom para uma caminhada. | Feliz e tentando me animar | Relaxamento, sentimento de alívio, corpo pesado. |
NOTA: Anexamos um pdf acima para que possa imprimir várias cópias como essa para preencher em seu dia a dia. Cada dia poderá ter mais, ou menos, eventos emocionais. Isso é normal e comum. O importante é que ficará treinado e acostumado a perceber-se de uma forma que talvez nunca tenha feito antes. Isso levará você a ter cada vez mais consciência de si mesmo, sabendo o que acontece, o que sente e as consequências em seu corpo.
Mais à frente lhe serão oferecidas mais ferramentas para que tenha uma vida mais saudável, mental e emocionalmente, conseguindo viver cada vez melhor a vida que você tem.
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DESEJAMOS QUE A VIDA LHE SEJA SEMPRE GENEROSA.
LUIZ CARLOS D. NOVAES (Estresse e Qualidade de Vida)